terça-feira, 15 de março de 2016

Quem diria? Capone é daqui!

Na biografia de Júlia Wanderley, a famosa educadora do Paraná, há uma série de episódios mal contados. Ela casou-se com Frederico Petrich, que, segundo seus biógrafos, foi um dos pintores da catedral de Curitiba. Na documentação referente à catedral não consta o nome de Petrich, que assumiu os negócios do sogro e parece nunca ter sido pintor. Diz a biografia da professora, que ela não conseguiu ter filhos e adotou um sobrinho. Ainda é mal explicado essa história de sua irmã ter abdicado do filho, entregando-o aos cuidados de Júlia. Os registros mostram que Minervina Wandeley teve gêmeos, os quais sabe-se que foram entregues, assim que nasceram, a umas irmãs de caridade de origem italiana. Um dos meninos, a quem foi dado o nome de Júlio, foi assumido por Júlia Vanderley, que o registrou como filho legítimo. O outro irmão, a quem deram o nome de Afonso, consta que foi mandado ao exterior para adoção. Seguindo as pistas da documentação, foi possível descobrir que o menino era para ter ido para a Alemanha, todavia foi rejeitado, por parecer muito latino, apesar do sobrenome Wanderley. As freiras acabaram por mandá-lo para Nova Iorque, onde Afonso foi adotado por um casal italiano bastante humilde: Gabriele y Teresina Capone. Nos registros norte-americanos, o garoto aparece como Alphonse Gabriel Capone.
                              

                               Júlia Wanderley                                                                       Al Capone                                                                  

Creio que não é preciso se estender sobre esse personagem, que fez fama com o pseudônimo de Al Capone. As semelhanças de traços fisionômicos com a família paranaense são uma evidência a mais para mostrar sua origem. Quando vemos fotos de Júlio, seu irmão gêmeo, não restam dúvida que Al Capone era Curitibano da Silva.
                                                                                         Júlia e Julinho